SALGUEIROS DO OUTONO
Pedaços do pouco, do nada
tudo que resta no vento,
é utopia e pensamento
são olhares tristes ao luar!
Pequeninas lembranças,
flashs que trago agora,
de alegrias de outrora,
o desejo de retornar!
Fui feliz e não sabia,
quando estava no terreiro,
e brincava alegre e faceiro,
nas tardes dos quintais!
Não existiam as horas,
que levam a mocidade,
era minha vida a verdade,
quando esquecia meus ais!
Mas minha vida caminhou,
tudo um dia passa,
amores, tristezas, desgraça,
a seu tempo vem nos visitar!
O que um dia foi um sonho,
ditosas e lùdicas brincadeiras,
hoje são horas verdadeiras,
traços tenues do meu sonhar!
Tinha os cuidados de mamãe,
atalaia da minha liberdade,
enquanto praticava caridade,
cuidava do meu brincar!
Inocentes atividades infantis,
eu corria nos campinhos,
preparando meus caminhos,
para com a vida digladiar!
Se hoje tristesas eu vejo,
num mundo cheio de dor,
falta um pouco o amor,
e muita fé em Deus!
Esqueceram as alegrias,
ignoram a esperança,
se voltassem a ser criança,
doariam-se mais aos seus!