A minha fêmea
Tu
Que não és o homem que eu esperava,
Não és espera... Nem calma...
És desespero...
Tu
Que és um ser
Que me tira do sério,
Do meu normal patológico,
E da minha vítima...
Tens-me feito sonhar imagens brancas
Que revejo nos tons fortes
Do meu inferno.
Pensando em ti...
Eu me desfaço
Me refaço
E apodreço.
Pensando em ti...
Transtorno todas as formas
E não transbordo,
Porque o pensamento não transborda
(Apenas enche e murcha).
Eu danço podre
Ambígua
Mulher
(Macho da tua espécie)
Suo
Na cor da tua carne
(Morro de novo)...
A Édne Maués
Lívia Noronha
Belém, 16 de fevereiro de 2009.