Olhares de Serpente

Angélica T. Almstadter

Dentro dos teus olhos atrevidos;

Moram meus sonhos aquecidos.

Na boca ansiosa de teus beijos;

Moram meus infinitos desejos.

Não me provoque a libido;

Perco o senso e o sentido,

Vou muito além do infinito

E me provarás em cada grito...

Mas se apostas na eternidade,

Nas esperanças sem saudade;

Dentro dos meus braços amantes

Nada, nunca, será com antes.

Teus olhos cruelmente indescentes;

Se fartarão nos verdes atraentes

Do meus, docemente bandidos;

Donde nunca mais serão banidos...

E no abraço das horas vertentes,

Onde nos enlaçamos qual serpentes;

Fundimos nossa essência audaz

Afogando a nossa sede voraz.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 03/05/2005
Código do texto: T14419
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