POEMA RECLUSO

No horizonte,

Moribundo se curva o sol poente.

Um dia a mais passou sem que eu te visse.

O poema recolheu-se medroso

Ao frio de minha tristeza.

Tudo extremamente só!

Os momentos se arrastam

E a nossa música agoniza,

Chegando a ferir os meus ouvidos.

Há um marasmo no ar.

Um gosto fúnebre,

Uma carência dolorida.

Tudo tão eterno feito a saudade tua.

Não há aroma de flores,

Nem cantar de pássaros...

O vento está parado,

Nem sibila a ramagem lá fora.

Apenas a companhia de fantasmas.

Parece o fim!

Faz frio na alma

E congelado está o amor

Nos compartimentos de mim.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 16/02/2009
Reeditado em 16/02/2009
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