UMA BENÇÃO MÃE...
A ti queria dedicar um poema...
Onde representasse meu amor e afeto...
Queria um texto que ficasse guardado na alma do ser humano...
Como a imagem de uma santa...
Para jamais ser esquecida...
Um poema que tivesse a voz dos anjos...
A beleza das flores...
O trinar das aves...
O sussurro das ondas...
Toda a pureza do sorriso de uma criança...
O odor das rosas...
O serenar do céu...
A caricia dos raios de sol...
A suave brisa de um lindo final de tarde...
Mãe! Queria eu ter o dom de traduzir em poema...
O amor que nasce de meu peito...
E que este atravessasse mares...
Percorresse todo o planeta...
E ficasse gravado para a posteridade...
Este que traduz a verdade...
De meus sentimentos...
Que conhece teus caminhos...
Teus momentos de alegria e de dor...
Porque Mãe teu amor é o mais puro do mundo...
Mãe! Sei que teu caminho é árduo...
Tuas mãos incansáveis...
Sempre procura o melhor...
Doa amor pelos poros...
Mas às vezes não és amada...
Tens o dom da compreensão...
Mas nem sempre és compreendida...
Teu coração é aberto ao perdão...
Mas nem sempre és perdoada...
Pelo excesso de amor...
Mãe! Eu queria tanto ter o dom de traçar belas palavras...
Para a ti dedicar um poema...
Que traduzisse tua imagem...
Que demonstrasse toda a tua ternura...
E a candura Santa de tua alma...
Mas descubro que isto é impossível...
Pois como colocar tantas virtudes...
Amor e desventuras...
E a grandeza de teu pequeno coração...
Numa simples e fria folha de papel...
Mãe! Descubro que a única coisa que posso fazer...
É prestar-lhe uma singela homenagem...
Pedindo ao Grande Arquiteto do Universo uma benção...
Que ele a cubra com seu manto sagrado...
Tornando teu caminhar mais suave...
E repleto de carinho...
(Ocram 23/04/05)