x²+2xy+y²

O que fazer com esses inúmeros pensamentos

Que por serem muitos se tornam incoerentes?

Que de tanto pensar me deixaram burra,

E pior que burra me deixaram isenta de todo o resto que não seja burrice

Que transformaram minhas noites em pecados

Meus dias em ilusões

E que me fazem lembrar da sua voz como o doce som dos sinos

Como o doce som dos sinos o quais nunca ouvirei

O que fazer com minhas teorias invalidas e meus conhecimentos efêmeros?

Com meus personagens vadios e suas historias inexistentes?

Qual a função disso em relação a vida?

Qual sua função além de provar o quão ignorante sou perante ela?

Qual o valor de meus sonhos docemente lapidados?

Das superstições baratas e das orações antes de dormir?

Será que meu eu pensante não vê o quão miserável ele faz minha vida

O quanto me martirizo arrastando meus pés diante de dias que nunca serão como sonhos?

E o medo que sinto antes de dormir...e que medo eu sinto antes de dormir!

Eu deveria era parar de pensar

Descansar minha cabeça leve e dormir por um longo tempo

Despedaçar os sonhos, ver a vida como ela é e desistir de achar uma equação matemática que me deixará viva

Ai meu deus,não estaria eu descrevendo a morte?