Sonho Perdido
Não sei ao certo onde parou o sonho,
lembranças, momentos, algo que ficou,
a imagem, a cor em completa harmonia,
uma centelha do tempo na vida que apagou.
Talvez fosse pequeno o sonho de outro dia,
mais outro amanhecer nas margens do rio
onde as rimas da poesia seguem incansáveis
semblante mórbido da navalha de preciso fio...
Vem cedo a noite e outro dia amanhece,
nada pára o tempo, nem mesmo a morte,
por onde andará o sonho que a vida tece?
Quem sabe não o encontre junto à sorte...
Não há sol do outro lado do meu mundo,
no relógio a hora do meio anuncia a partida,
então, fecho os olhos e busco por meu sonho,
na pobre poesia ou quem sabe na rima perdida.