Meus terror

Quero uma sexta-feira treze só para mim.

Rego os túmulos de cinzas,

Talvez um pouco de jasmim.

Com esse meu cabelo ranzinza.

Tempo não desperdiçado,

Invisto no meu terror.

O medo é um bocado

Que uso sem rancor.

Olhos arregalados miram na multidão

De caveiras de prata e um caixão.

Bicho papão alado

Nunca havia me desprezado.

Minha população é imensa.

E quem vê pensa

Que somos loucos desregulados,

A fachada dos disfarçados.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 13/02/2009
Código do texto: T1437997
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