Desistência

Caminhar sem pés alinhados

Pelas ruas nuas, sem colorido,

Faz-me ver uma sombra ao seu lado

Imenso, curvado homem sofrido.

Olhos presos, diante do fato,

Em pardas janelas sem brilho,

Amedrontados pelo que enxergam

Em tons de cinza esmaecido.

Vida destruída, sem volta.

Cumpra-se amargo destino

Cada rumo, teia de espinhos

Cada teia, esperança fugindo.

Erga-se nesta carne que lhe cobre

Liberte-se desta sombra que esconde

Cores que nos transformam em arte

Arte que nos transforma em “Homens”!

Quero que caminhe comigo

Pelas ruas nuas, mas coloridas,

Quero distantes dos olhos esta sombra

Das janelas, só amor, em abafados gemidos.

Levante-se homem!

Nunca é hora de desistência

Lutemos contra este peso morto

Salvemos nossa existência!

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 13/02/2009
Reeditado em 14/02/2009
Código do texto: T1437930
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