Dos anjos sem céu!
O céu nunca me diz dos anjos,
onde eles moram,
o que eles comem
e como fazem amor.
Eu nunca achei um céu perdido
que, achado, pudesse ser só meu
e tê-lo cheio de anjos,
nascidos anjos,
morando anjos,
comendo anjos,
fazendo amor com as asas.
Se o céu nunca nada me diz,
posso até crer que haja anjo meretriz
e que eu não tenha fome!
O céu e os anjos sonham comigo neste poema,
mas eu não sou do céu,
não faço mel,
mas deles eu zombo!