RESQUICIOS DA INFANCIA
Os respingos batem na janela
tarde melancólica e nublada
chove uma garôa gelada
e eu olho a trinca da tramela.
Recordo com saudades a infância
um mundinho de ignorância
uma vaidade inerte
sem perfumes ou fragrâncias.
Pés descalços pelas aragens
que sopravam as pastagens
camisa aberta ao peito
já mudando de voz e sem jeito.
Um córrego corria ao lado
onde nadávamos todos pelados
sem o menor preconceito
dos atos e efeitos.
Era uma infância pura
sem traumas ou amarguras
montando cavalo em pelo
sem perigos ou zelo.
Tempos que já se passaram
que no hoje nos alicerçaram
formando filhos que já se casaram
exemplos nossos, os quais, neles marcaram.
É como eu disse uma dia...
"Feliz do homem que tem um passado,e uma história para contar aos seus."
é o que eu tento fazer
em meus versejar.