A LÁGRIMA
A lágrima que escorre
Pelo cenho tristonho
Mesmo que em breve instante
É o reflexo de um rio caudaloso
Que vaga internamente
Sem um mar por destino
Ainda que um mar distante.
Diminuta corrente cristalina
Eco de uma imensa implosão
O mundo sorvido, o peito empanzina
Liquefaz-se como larvas de vulcão
Serpenteia pela face que se ilumina
Jorra em dissonante diapasão.