O pranto dos deuses
Pobre chuva...
Quanta infelicidade
Noites e noites,
Dias e dias
A derramar parte de si mesma
Sobre a terra.
E a chuva cai chorando...
Quando todos dormem
Ela, solitária
Derrama seu pranto.
E tudo é desolação
Poucos a bendizem. Ninguém se compadece.
Ninguém chora com ela
Nas noites infindáveis.
Desce do céu (o pranto dos deuses)
Para correr sobre a terra suja.
Pobre chuva ...
João Bosco Costa Marques