carne de terceira

Tinha esperança

Sorria fácil feito criança

Toda relevância perdeu a graça

Em meio à insignificância

Da falta dos atos

se desbanca

desbarrancou

Acordado enquanto dorme

Dominado pelo sono

Deitado em pé

Ressaca pura

As olheiras dominam o semblante

Desanda

O zumbi das ruas

Vivendo torto por tortos caminhos

Perdeu o valor

como os fios

Ta careca de saber

Que as coisas ilegais

o separam de você

Falando na terceira pessoa

Para tentar me esconder

Tiro o corpo fora

Fujo em branco

Aqui só o escuro é puro

na negritude se misturam todas as cores

O sangue é forte

Intenso nos amores

Doutores tentaram explicar

A verdade está presente

Onde não há

Tente enxergar

Por trás de todos os rótulos

O produto não presta.

Marco Cardoso
Enviado por Marco Cardoso em 22/04/2006
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