A mil por hora
Num acesso de impulsos,
sentindo a fúria do pulso,
rasgo o tempo acelerado,
sem controle nem recurso.
O jorrar das idéias inusitadas,
sangrando como isca para maldades,
já não deixa esperança de lentidão,
deixando-me preso ao tempo, numa escravidão.
Nada surge.
O pensar causa hesitação.
Inquietação.
Indecisão.
Por que? Por que?
Não há nada mais além do querer!
Contradigo os versos passados...
Tomo-me num momento apavorado.
Eu sei... Estou de volta...
Ligando fatos já esquecidos
eu já não mais esqueço as ligações,
além do respirar simular as perversões.