Por que escrevo ?
Porque minhas mãos inquietas precisam percorrer o papel (vazio) segurando os sonhos entre os dedos.
Dessa tinta escrevo as noites em que velo a brancura da folha como um mármore funéreo no limite do dia claro à luz de uma flor acesa.
Nessa luta inconclusa vejo a folha virgem em cisma para que eu não durma e a vida, incerta, surja .
As sombras atravessam meu olhar, cortam meu desejo aflito, se não escrevo enlouqueço, assim percorro e explodo.
Escrevo ao apelo do incerto, escrevo porque procuro meu destino, escrevo para me perder no tempo, escrevo para não cair no esquecimento.