SOLIDÃO
SOLIDÃO
Estou aqui agora só.
Agora só é como não gostaria de me sentir
Só é um espaço imenso de vazio e infinito
Dor que cobre o corpo dos cabelos ao de domingo
Só é penetrar nas entranhas da noite que se achega
È sofrer e chorar sem que uma lágrima desça
O choro d’alma é a cólera da sorte menor.
Ah! que falta que me faz quem eu amo
Ah! que falta me faz o seu encanto
Os seus beijos, sua boca caliente.
Dirigindo um ser impotente
Pois tudo dele agora é teu
Dominaste, com se domina Roma no império
Como se arranca ouro dos mais longínquos desertos
Buscas incessante, sem lucidez
Falta de freio e insensatez
Tudo o que nos move é somente o desejo
Claro que nos envolve também é o medo
Medo de não te ter
Medo de te perder
Medo de não amar
Medo de decepcionar
Mas o pior medo é o de não arriscar
Deixando todas as sorte às celas
Todas as noites às feras
Todas as alegrias às inimigas
Toda minha ferida.