FACES DO AMOR
Decifrar o amor em faces tantas
A própria metáfora serias pueril
Se és profundo e singular
Viveremos então a profetizar?
Ambíguas sutilezas inspiram muitas vezes,
A arte de se fazer imitar, em demasia.
A vontade de senti-lo se estais tão perto,
Tornando medos às verdades em descoberto
- se perguntares a mim mesma, os porquês,
da realidade que apresenta-se, há concordância
Embaralha os pensamentos em dissonância,
Veríamos o poder do sinônimo sofrer?
Associações, termos , palavras são tantas...
Chega a desacreditar os sentidos
Calunia o consciente, quando se pensa
Que se tem o amor em abundância.
Ser múltiplo, tal à palavra em ascensão,
Traz o mistério do inquietante desejo,
Se aprendes a julga-lo em verbo presente
Saberias que no futuro não o terias feito.
Ligado a chave de amargurar em sofrimento
E, mesmo assim querer senti-lo?
No sentido à-toa, súplica esperança.
De anti ver os teus sonhos transformarem-se em riso.
Mais ...
Quando adentrar o teu corpo, sem espaço
Enobrece por reluzir o azul transparente,
Substitui a melancolia, demasiado atrevimento
Deixai que o amor transborde eloqüente
Tomar posse desse coração transparente.