A DENSIDADE DO SILÊNCIO
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Em nenhuma hipótese
confessa. Desconhece do ato
o crime. Desfaz no gesto
a culpa.
O silêncio incorporado ao tipo.
Fecha os olhos. As mãos entrecruzadas
sintonizam o nervosismo.
Confessa-se ao deus
interior. Em silêncio
se diz
inocente.
(Pedro Du Bois, inédito)