Divagando
Não há palavras que digam
Não há orações que confortem
Não há luz que bendiga
Nem existem braços que acolham
Fogem da temperança clara
Tantas investidas eloquentes
Devaneios povoam os sonhos
Espreitam meus versos os seus olhos
Caem na realidade os erros
Que vivem sem sentido no peito
Desabrocham feridas plenas
Expondo na terra o amor exausto
Nada mais consola tanto
Parte-se o coração extenuado
Lágrimas cálidas invadem o rosto
Deixando sulcos de paixão expostos.
Fez-se um tempo diferente onde a chuva não cai,
não molha, não lava, não leva o que restou do poema...
Renato Baptista
http://academiadapoesia.blogspot.com