Tu, minha poesia
Nas asas soltas do destino
atento a tuas palavras duras
em minha chama acesa
Nos poemas de Pablo Nerruda
sinto teus sonetos inacabados
em meu quarteto aberto
Nas músicas do raiar da manhã
ouço teus sons agudos
em meu ritmo acelerado
Nos dias de rebeldia intensa
Navego por tuas rimas pobres
em meu loucos verbos
E nos instantes de puro êxtase
Devoro teus versos finais
em meu ventre-poesia.