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Toda vez que a carne lamenta, nova vez,
Seus medos afloram, jeitos & lamúrias,
Tanto se esconde, sombras & fantasmas,
Novos tempos que se desperdiçam beijos,
A mão se perde ao ar, pensando em tocar,
Esses seios que emudecem a solidão,
É, mas a tarde ficou vazia, que diga a noite,
Tão calada quanto o silêncio do pirata,
Que voz não tinha para mais uivar,
Pingos roçam vidros & paredes, também o rosto,
Tal como a noite que chora com a chuva,
O silente pirata se afunda no mar de mágoas,
Nem mais uma taça se anima pela hora,
Nada surpreende, apenas falta, tantos toques,
Essa boca lânguida sobre o corpo fremente,
Todos os calores, todos os humores,
Apenas sobras & novas horas de esperas!
Peixão89
03.01.2009