Estrela do oriente
Estrela solitária do oriente,
de constelações ausente,
desceste do firmamento
em candente movimento ...
... orbitando em minha alma,
uma gravidade que acalma,
com meiguice e alto-astral
em luz diáfana celestial.
De estrela se fez mulher,
uma flor de bem-me-quer,
a colorir o meu jardim
e pelo cosmos sem fim.
Meu brilho se apagara,
o sol era coisa rara,
me perdi na solidão
de sideral imensidão.
Sob o luar que ilumina
com energia feminina,
não havia na noite fria
sequer uma estrela-guia.
Descobri o meu norte
desde então até a morte;
juntos encetamos a missão
atribuida pelo coração.
Não somos deste planeta;
embarcaremos num cometa
para em infinitas viagens
cultivar novas paragens.
Brasília, 20 de abril de 2006