Confuso? Eu?

Amarelo ou azul?

Agrada-me o azul,

Um pouco esverdeado,

Dourado, mediterrâneo.

Quente ou frio?

Frio, com certeza!

Morno também é agradável,

E uma tarde de sol vai bem.

Esquerda ou direita?

Direita, mais seguro.

Apesar de que sou canhoto,

Em mim tudo nasce de lá.

Certo ou errado?

Certo, mas que pergunta!

O errado tem seus sabores – confesso!

Delícias divinamente proibidas.

Noite ou dia?

Dia, sem sombra de dúvidas.

Se bem que os mistérios estão na noite,

E é nela que minha sanidade se perde.

Bom mesmo é um quente amanhecer,

De céu azul-claro, em um dia incerto.

Ou, quem sabe, uma noite fria e nublada

Refletindo, alaranjada, a cidade inquieta,

Sob corpos deliciosamente enrolados por todos os lados.

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