ENCURRALADA

Faça-se o silêncio na rua!

No mundo!

Na minha mente!

Lateja meu cérebro!

Estremece meu coração!

Desfalece minha alma

querendo fugir ao seu destino,

sem poder ir aonde deseja,

sem poder ser o que almeja...

Quisera eu poder, ao menos,

chorar mil noites

até esgotar meu pranto,

até secar a dor que

me intumesce o peito

por dias e noites, anos,

eras sem fim!

Não sei em que tempos idos,

em qual noite de bruma,

se embrenhou em mim este mal

que me faz sofrer calada.

É uma dor constante

por ter corpo e mente,

por não poder fugir e ter

que seguir em frente,

por não ter volta,

por não ter saída,

por não ter guarida

no entendimento de ninguém.

Em 11/03/99

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 06/02/2009
Código do texto: T1425824
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