ALVA PUREZA
As dores dos espinhos
De amores não vividos
São pontos marcados
Que vertem no passado
De flores em descaminhos
Que ainda machucam.
Sombras de aura cinza
Que roubam a beleza
Da alva pureza
Na dura frieza.
Escorre na face
A lágrima serena
Amenizando a dor, que dor?
Ai! não sei, só sei que dói ...
Mas, como o vento
Arrasta a nuvem
Levando no tormento
O soluçar de um lamento.
Surge em outro olhar
Um outro lugar
O novo jardim
Florescendo
Em mim.