luta
já adivinho os dias de luta por vir
entrando em minha sala
pela janela como raios de sol a derreter meu rosto
me desconstruindo
preciso me desconstruir
pra nascer de novo
e de novo e de novo e de novo
o sol derrete, desfigura, estilhaça
a chuva espalha
e lá vou eu pelo bueiro
a mergulhar dentro de mim
eu, o macaco nu
habitante do underground de mim
o desconhecido de mim
a buscar mim
e quero ver se sou homem
ver se sou um herói
(é como é difícil deixar de querer ser herói...)
quero ver a flor no paletó branco do herói.