Abandono e retorno
No fim da tarde somos sinceros com a natureza se ela se lembrar de nós, quando não lembra? deixa-se o tempo passar.
hoje teu sorriso virou mordida, tuas defesas? feridas... teus olhos, fogo e raiva....
não posso ser mais quem fui , reclamei da vida , acho que vou parar com isso e começar a refletir melhor.
vou dormir mais, e beijar meus pais como nunca, pois são os únicos que me aceitam como sou.....
quando eu fingia ser poeta, menti, é feio mentir? o que somos sem a mentira? sem a coisa escondida? tudo que existe é seu......
hoje reli uns livros antigos e me vi nas estradas de são petesburgo, não vou mais citar os autores, dizem que os copio, dizem que o que escrevo é só consequência e que não existo....
sabe o meu amor? aquele lindo e perfumado rio de lampejos amarelos, de tesão e risos, o calor quente dos caminhos secretos e o balbuciar de palavras tremidas ao pé do ouvido, me abandonou.....
abandonados estamos, abandonados seremos, mas a trilha pra voltar pra casa, continua desenhada.