PROCELA

Entre os véus do existir,

Encontro-me inteira.

Náufraga sou

De sonhos tantos.

Numa retrospectiva,

Volto ao que fui e

Revejo o que sou.

Tudo tão efêmero!

Desistir já não posso.

Sigo em frente

No frio cortante

Que me congela os ossos.

Sinto-me tão cansada,

Neste mar bravio,

Onde a procela

Espreita-me de tocaia.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 05/02/2009
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