SONHAR EM VÃO
No meu querer, no teu viver
A vida passa em flâmulas
Penduradas na parede fria
Da casa que um dia foi tua.
Não reajas ao som dos xingamentos
Os gritos saem pela boca e pelos dedos
Que um dia apontaram para o caminho
E me levaram a sonhar em vão.
No meu viver, no teu querer
Nada se faz dócil, camarada,
Tudo é tão complicado
Ao ponto de qualquer coisa
Tornar-se incrivelmente enjoada.
Gláucia Ribeiro (4/2/2009)