Rendida

Eu me rendo

Sem render

Já não sei mais o que fazer

Se o sentimento me faz dizer

Que a última esperança é a mais indicada para morrer

Já vivi dias melhores

Mais frios, com ares piores

De uma forma ou de outra

Me entrego a cada dia

No mistério da vida louca

E desta loucura eu quero viver

Quem sabe continuar torcendo para não amanhecer

Talvez do lado oposto, onde carrego meu desgosto

Eu reviva o que é bom de manter

Seja cedo ou tarde

Persistirei a cada fresta que me resta

Hoje e no passado também

Ao futuro desejo um pouco de sorte e um vintém.

Talita Palmieri
Enviado por Talita Palmieri em 03/02/2009
Código do texto: T1420509
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