Rendida
Eu me rendo
Sem render
Já não sei mais o que fazer
Se o sentimento me faz dizer
Que a última esperança é a mais indicada para morrer
Já vivi dias melhores
Mais frios, com ares piores
De uma forma ou de outra
Me entrego a cada dia
No mistério da vida louca
E desta loucura eu quero viver
Quem sabe continuar torcendo para não amanhecer
Talvez do lado oposto, onde carrego meu desgosto
Eu reviva o que é bom de manter
Seja cedo ou tarde
Persistirei a cada fresta que me resta
Hoje e no passado também
Ao futuro desejo um pouco de sorte e um vintém.