Próprio ser
Faces horrendas
Não me deixam em paz,
Costuro-as como se fosse renda,
Isso pra mim satisfaz.
Mergulho em mãos rachadas,
Fugindo do viver;
Levantam-me exaustadas
Desafiando o poder.
Triste dependência humana.
Raio de sol a uma vida insana.
De nada adianta me sacrifício
A um oficio.
Vozes penumbram a mim
Como se eu tivesse cheiro de jasmim,
Mas nunca acreditarei
Em uma única palavra que lhes dei.