Próprio ser

Faces horrendas

Não me deixam em paz,

Costuro-as como se fosse renda,

Isso pra mim satisfaz.

Mergulho em mãos rachadas,

Fugindo do viver;

Levantam-me exaustadas

Desafiando o poder.

Triste dependência humana.

Raio de sol a uma vida insana.

De nada adianta me sacrifício

A um oficio.

Vozes penumbram a mim

Como se eu tivesse cheiro de jasmim,

Mas nunca acreditarei

Em uma única palavra que lhes dei.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 03/02/2009
Código do texto: T1420058
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