RAPSÓDIA DE AMOR CIGANO (Segundo fragmento)

RAPSÓDIA DE AMOR CIGANO

(Segundo fragmento)

Querida! eu devo anunciar desatinadamente

a essas vítimas da última tragédia da paixão

– órfãos de afeto e decaídos da esperança –

que o dia por auroras e crepúsculos transita...

Que inerte padecer-me ao sonho derradeiro

seria o derradeiro entardecer de minha vida...

Ah, perdidamente o devo anunciar, querida!

que ainda há esse remoto amor desesperado

resolvido no doce padecer de reencontrar-te

como a flauta encontrada na canção perdida...

Então eu canto e desespero porque a espera

vem do compadecido amor que me convida!

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 02/02/2009
Código do texto: T1417325
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