QUARTA CARTA ABERTA PARA JUAN E LÍDIA
QUARTA CARTA
ABERTA PARA JUAN E LÍDIA
Ah, Juan! Por quem me dera
fosse a rosa me conclamando
a morrer-me em Araucanía...
Suposições ainda que meras
supostamente por um só dia
como o amor de um só verão
saber a madres de la culebra
nas estevas do rude coração...
Por quem me dera viver entre os bosques de Temuco
de alguns metros quadrados de raulíes e de saudade
a céu alado sobre lumas nas frondes dos copihues...
Eu tão tinto de vinho e sangue do suor da liberdade!
Lídia! Ô, Lídia! Essa casa eu nunca tive e esse chão
nunca foi meu e pátria jamais será!
Não é sonho que se compre,
é flor de la nacionalidad...
Chão e sangue, isso é pátria!
Isso é lida, isso é labuta...
Saudações, Juan!
Eu vou à luta!
Afonso Estebanez