QUARTA CARTA ABERTA PARA JUAN E LÍDIA

QUARTA CARTA

ABERTA PARA JUAN E LÍDIA

Ah, Juan! Por quem me dera

fosse a rosa me conclamando

a morrer-me em Araucanía...

Suposições ainda que meras

supostamente por um só dia

como o amor de um só verão

saber a madres de la culebra

nas estevas do rude coração...

Por quem me dera viver entre os bosques de Temuco

de alguns metros quadrados de raulíes e de saudade

a céu alado sobre lumas nas frondes dos copihues...

Eu tão tinto de vinho e sangue do suor da liberdade!

Lídia! Ô, Lídia! Essa casa eu nunca tive e esse chão

nunca foi meu e pátria jamais será!

Não é sonho que se compre,

é flor de la nacionalidad...

Chão e sangue, isso é pátria!

Isso é lida, isso é labuta...

Saudações, Juan!

Eu vou à luta!

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 01/02/2009
Código do texto: T1415778
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