o poço do navegar do sono
nas longas tarde noites de setembro
possuído pelo demônio da insônia
ponho-me a desejar
a produzir um poema
que cante o meu pesar
assim como faz um mestre,
Carlos Nejar
o seu poço é o meu calabouço
e me escapo por louco
a navegar livre e solto
nos deltas do rios dos sonos
e embarco sem bagagem
nessas fantasiosas viagens
nas leituras destes sonhos
apenas com dourados convites
de Arthur Eduardo Benevides
uma singela homenagem a estes dois grandes poetas