Amor...

Onde estava eu oculta?

Onde estava o que hoje sou?

Foi encanto ou foi magia?

O que houve de repente

num apenas virar do dia?

Ao deitar-me não sabia

que em amor amanheceria...

Ah! Esse tempo responsável

por fazer esse esperar,

preparou azul de mar,

preparou azul de céu,

nesse azul do teu olhar

que tomou meu coração...

Quando chegas me ofertas

plenitude e uma canção

que me toma por inteira,

te infiltras no meu ser

e viajo nas asas que tens,

que te voam na vontade

e descansam na minha alma!

Me tranformo e me sinto,

no macio do teu olhar,

eu só sou realidade

nessa hora que tu vens,

eu só sou assim verdade

nesse instante que me tens...

Abro os braços, eu sou vela

para o vento que tu és

a mostrar-me a direção...

Me aconchego,

me aninho,

me tornando embarcação,

que navega no teu rio,

me aportando no teu cais,

porto meu feito infinito,

meu reduto tão secreto,

onde só se ouve os ais

da explosão dessa saudade

no momento mais repleto...

Já não importa o porquê,

nem o tempo a passar,

deixamos o céu desabar,

quando você está em mim

e eu estou você...

E depois...bem depois,

(transbordada nossa luz)

volta sempre esse sol,

a nos lembrar que é verão!