PESADELO

Acordei, estava escuro. Tonta,

em transe, à cegas tateei...

Que estranho muro achei,

tão sólido e real entre as quimeras

da vida que ficou para trás,

dos dias que abandonei,

momentos que já não quis.

Luz! Luz! - Pedi a Deus

Salvai-me de mim,

dos pesadelos meus!

Pois não é quando durmo

que eles me assombram,

É quando acordo que eles começam

e tomam de mim o ar, o chão,

me fazem tremer

entre fantasmas e sombras,

andar à beira de precipícios,

na mais densa escuridão...

Levam de mim toda a esperança de salvação,

pois não há em mim a sabedoria

para transformar dor em perdão.

Então, enviada a mim

pela misericórdia divina,

uma luz em forma de anjo bom,

docemente, me toma pelas mãos e me diz:

“Então adormece e sonha que tudo o que desejas é real.

Às vezes, fingindo, a gente adoça a realidade”.

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 31/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1415350
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