unidade
Sou, agora, o mesmo
visto de fora.
Sou uma poesia
que, em suor, emana
toda vida e desgraça
de minh’alma tão insana.
Perdida, talvez,
achada no universo
de quem ama.
Porque na luz
que rasga e corta
sou a guia de meu ser.
Vivaz, alucinante.
O tesão de quem
não vê
e a distância
de quem possui.
Somos todos
uns nos outros.
Uno, só;
pois assim se faz.
E quando o querer -
por acontecer -
destoa pensamentos
entre sensações,
redijo o mundo
ao mundo;
para que
a Morte se apresente.