OLHO-TE OS PASSOS
Olho-te os passos
Esse espalhafato de pernas e braços
Rumo a não sei bem qual direção
Como se lá houvesse uma singular razão
Que justificasse não apenas o agito
Mas também essa espécie de olhar aflito
Onde gritos de vida se escutam em brilhos
Ecoam histórias de passos em outros trilhos,
E houvesse um crônico adiar sempre latente
Nesse relógio de atraso permanente
Onde apenas os movimentos costumeiros
Dão significado aos gestos dos ponteiros
E tudo o mais se mistura e emenda...
Sem que nada mais se entenda ?
Ah, vida...ah vida...