OLHO-TE OS PASSOS

Olho-te os passos

Esse espalhafato de pernas e braços

Rumo a não sei bem qual direção

Como se lá houvesse uma singular razão

Que justificasse não apenas o agito

Mas também essa espécie de olhar aflito

Onde gritos de vida se escutam em brilhos

Ecoam histórias de passos em outros trilhos,

E houvesse um crônico adiar sempre latente

Nesse relógio de atraso permanente

Onde apenas os movimentos costumeiros

Dão significado aos gestos dos ponteiros

E tudo o mais se mistura e emenda...

Sem que nada mais se entenda ?

Ah, vida...ah vida...

Henrique Mendes
Enviado por Henrique Mendes em 31/01/2009
Código do texto: T1415250
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