Do que foi

Estava com fome de estrelas

embora soubesse têlas

sempre ao alcance das mãos

No seu olho esquerdo vazava sonhos,

destino de quem enxergou cedo demais.

E sabia da dor....

E era inevitavel a vertigem

Como a saudade atravessava as almas

Sem rancor...

As vezes vitrificava,

do que nunca se arrependeu.

Mas tambem quis ser igrejas,

acabar-se em rezas...

Possuir donzelas e pensamentos,

Eo que se fez...

Prisioneiro de asas ?

Sentinela da solidão?

Porque só assim não tinha medo,

Nas paredes estava fora.

Nos muros estava incerto.

Nas pontes só de passagem.

Nos mastros estava inteiro...

Bandeira de piratas, de poetas,de possessos.

Deserto de tristezas...

Um dia me disse ao que veio,

não pude conter as lagrimas...

Um dia me disse que iria,

e nunca mais voltou...