Na calada da noite
Na calada da noite eu ando sozinho,
e refaço o caminho
que um dia trilhei.
Hoje volto ao passado,
de um presente assombrado,
que assustado deixei.
Pisando em minha própria pegada,
pela mesma estrada
que um dia passei.
Continuo fugindo dos sonhos que tive,
tentando devolvê-los à noite
que os devolve a mim.
Então fico assim,
entre o sonho e o real
um lutar desigual
de uma guerra sem fim.
Na calada da noite,
quando o dia morreu
encontrei o pior inimigo
e descobri que ele sou eu.