imagino
imagino
nas minhas noites eternas
os nós das nossas pernas
entrelaçadas
nós dois abracados
mãos dadas
suas costas descobertas
minha boca nas suas costas
minha boca no seu pescoço
enquanto voce
lentamente desperta
mas finge dormir
bem de leve
sinto todo seu corpo
se contrair
se contorcer
seduzido por esse jogo
e quando não suporta mais
tanto fogo
se deixa levar
vira o rosto devagar
seus braços me enlaçam
me apertam
como se tentassem me sufocar
sua boca morde a minha
sem me machucar
sua voz
baixinha
implora
nossas pernas se descruzam
meu corpo se encaixa
perfeitamente contra o seu
um lágrima sozinha sua
chora
seu corpo se insinua
e se entrega todo ao meu