imagino

imagino

nas minhas noites eternas

os nós das nossas pernas

entrelaçadas

nós dois abracados

mãos dadas

suas costas descobertas

minha boca nas suas costas

minha boca no seu pescoço

enquanto voce

lentamente desperta

mas finge dormir

bem de leve

sinto todo seu corpo

se contrair

se contorcer

seduzido por esse jogo

e quando não suporta mais

tanto fogo

se deixa levar

vira o rosto devagar

seus braços me enlaçam

me apertam

como se tentassem me sufocar

sua boca morde a minha

sem me machucar

sua voz

baixinha

implora

nossas pernas se descruzam

meu corpo se encaixa

perfeitamente contra o seu

um lágrima sozinha sua

chora

seu corpo se insinua

e se entrega todo ao meu

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 30/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1412499