NEM MAIS

Nem mais te conto como pessoa, e a culpa não é sua.

Vê, não existe constância santa possível

que dê conta de tanta inação

do que deveria pensar, em seu espírito.

Nem mais me conto como nada

senão como, lhe juro, uma necessidade a desaparecer!

Bem, que te conto como servida...

Mas, Pessoa, como lhe ser vida?

Nem mais me passa pela cabeça sã e douta

o que deveria ter dito ou falado!

nem se sanidade e erudição são doenças

Não sou doente, senão na medida em que sou humano.

Nem mais, nem menos, somente o que há

e o que pensamos sobre o que há e agita;

parece-me, Loucura, que me entras tão aflita,

não se acanhe diante de mim...

Nem mais apareça como você mesma

Não dê sinais de sua existência ou sucumba!

Em gritos de Vossa Excelência em Ganga Zumba!

nem pare, neus, de maiuscular o trabalho.