Janeiro.
Do mal pungente em longas tardes de janeiro,
Sobretudo a falta de amores,
Ausência de ventos a bagunçar cabelos e refrescar vidas...
Às tardes sem maternidade, que em nada acolhem em seio sementes divinas...
Se não faz calor é chuva, poeira e lamaçal, longas tardes emendadas às noites insones (igualmente longas),
... Referente à janeiro, o poeta ressente:
- É vazio-triste, melancólica, triste envaidecida em si...
Que há de janeiro se não saudade? De dezembro, talvez novembro...
De janeiro nenhuma conquista contada, nem novidade que reviva em si o desejo de ser divino (ainda que diminuto)