Indecência
Em meu jardim há uma árvore sem vergonha
Que se mostra ao mundo despudorada
Pelada, peladinha, peladona
Fica a balançar os galhos desnudos
Como uma deusa bacante
A rebolar provocante
És uma árvore indecente
Não faz sombras, nem dás frutos
Apenas sugas contente
O solo que te abriga inocente