SEXO EM PLENA LUZ DO DIA
Olhando as folhas que caem de mansinho,
O vento suave soprando seu tronco esguio,
Senti como se fosse uma dança sensual,
Um corpo nu por inteiro de pele e pêlo.
A música entra e sai como num coito,
Seu refrão repetido é como um gemido.
No chão de terra uma cama feita e perfeita,
Entrelaçando suor, odor, gozo e lágrimas.
São esses instigantes acordes naturais,
Que deslizam por entre suas curvas.
Vejo-me entre o vento e a velha cantiga,
Além da poesia, sexo em plena luz do dia.