Um certo poeta...

No seu versejar... traduzia toda a sua melancolia,

No olhar... recitava os versos de suas poesias...

Mensagens de esperanças... em certezas,incertas.

Na sua poesia ... faltava algo... calor...luz.. . tempestade...

Faltava... amor? Tinha um fundo de ... melancólico...bucólico...

Chamava minha atenção... só não tinha ...a própria poesia...

A impressão de que tudo o que compunha... era frio,

Sem vida... insípido... incolor... até mesmo ,sem odor...

Será que era certo ... chamar àquilo de poema.

Então na hora triste ...do crepúsculo... vem o poeta...

Cabisbaixo... abre a porta de seu albergue...

Luz acesa... no quarto... uma fresta ... reflete...

... reflete um clarão... que estenua-lhe a'lma...

Pé - ante-pé ... aproxima-se ...coração na boca,

Sem coragem ...o poeta ,para à porta...

Indeciso...pensa ...com o coração, aos sobressaltos...

De repente... sem que espere... a porta se abre...

A luz invade a sala taciturna,e o ambiente se enche de poesia.

Depois desse dia suas poesias ...tornaram-se alegres...

Eram coloridas... saborosas ...nada de tristeza...

E o sol do seu amor...brilhava em cada palavra.

Betinamarcondes
Enviado por Betinamarcondes em 27/01/2009
Código do texto: T1406368