Um certo poeta...
No seu versejar... traduzia toda a sua melancolia,
No olhar... recitava os versos de suas poesias...
Mensagens de esperanças... em certezas,incertas.
Na sua poesia ... faltava algo... calor...luz.. . tempestade...
Faltava... amor? Tinha um fundo de ... melancólico...bucólico...
Chamava minha atenção... só não tinha ...a própria poesia...
A impressão de que tudo o que compunha... era frio,
Sem vida... insípido... incolor... até mesmo ,sem odor...
Será que era certo ... chamar àquilo de poema.
Então na hora triste ...do crepúsculo... vem o poeta...
Cabisbaixo... abre a porta de seu albergue...
Luz acesa... no quarto... uma fresta ... reflete...
... reflete um clarão... que estenua-lhe a'lma...
Pé - ante-pé ... aproxima-se ...coração na boca,
Sem coragem ...o poeta ,para à porta...
Indeciso...pensa ...com o coração, aos sobressaltos...
De repente... sem que espere... a porta se abre...
A luz invade a sala taciturna,e o ambiente se enche de poesia.
Depois desse dia suas poesias ...tornaram-se alegres...
Eram coloridas... saborosas ...nada de tristeza...
E o sol do seu amor...brilhava em cada palavra.