Do Outro Lado Da Janela

Como eu queria

andar pelo teu jardim,

cheirar tuas flores,

acariciar meus pés

em tua grama verde única.

Pelo teu vento,

cantar aos meus amores.

Em seu tempo

adormecer minhas dores.

Da minha janela

tenho este sonho,

em meus devaneios lúcidos.

A porta está ao lado,

a chave em minhas mãos.

Mas não vou,

nunca vou ao teu jardim, não.

Do outro lado da janela

o jardim não será mais minha visão,

será meu chão.

Minha vontade,

sempre será o teu jardim,

enquanto da minha janela

alimentar minha ilusão.

Débora Castro
Enviado por Débora Castro em 26/01/2009
Código do texto: T1405288
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