Velejando
Velejando.
Ele sabe o quanto sou abundante.
Mesmo antes de o mar recuar...
Então, sem piedade aproveita meu pranto se formar e navega nas cortinas transparentes do meu mar.
Como sabe velejar... e se deleita.
Nem respeita o quebra-mar
Nem o coração da correnteza.
Entra por inteiro, ligeiro, não impotando o que vai matar.
Zomba da lentidão das minhas ondas...
O vaivém sem ter fim.
Sabe que é mais poderoso
Tem o espírito da imensidão...
E me aniquila; me seca, quando totalmente, me toma.