Glória
Glória.
Fui com glória tua palhaça.
Fazendo piruetas no espaço
Chorando para te fazer rir!
Fui palhoça pela troça
Fantasiada de rosa, com perfume falso de jasmim!
Roubei da prosa escancarada dos namorados,
No banco branco de jardim...
Sons de alegrias, de mentiras!
Pura fantasia de alecrim com suas pequenas flores...
Fui teu divertimento – aonde tua risada cravava a ferro
Minhas costas cansadas.
Doei a ti, este amor ridículo...
Puro prazer a mortificar-me:
Matar-me sem morrer;
Morrendo também um pouco... Matando-te em mim.
Verônica Aroucha